Nova embalagem de transporte
de mudas em citrivasos.
Folhas de papelão ondulado presas com
elástico foram desenvolvidas como embalagens para transporte de
mudas
produzidas
em vasos. Estas embalagens permitem a remessa das mudas
sem os citrivasos, evitando sua manipulação no campo e retorno
após o plantio. O custo unitário aproximado é de 6 centavos de
Real. Os citrivasos são retirados e os torrões encaixados no
cilindro de papelão previamente montado com o elástico. A
durabilidade é de mais de 30 dias com irrigação normal das
mudas. Basta retirar as embalagens no momento do plantio. Além
disso, os canudos de papelão ondulado retirados das mudas podem
ser usados como protetores de tronco nas plantas novas,
dificultando o ataque de saúvas, diminuindo as desbrotas e
permitindo a utilização de herbicidas. A viabilidade da
utilização de citrivasos na produção de mudas cítricas ao invés
de sacos plásticos é importante, uma vez que assim se elimina a
necessidade de poda do sistema radicular antes do plantio. Os
citrivasos possuem estrias internas e fundo vasado, que previnem
o enovelamento de raízes laterais e do peão. Mudas produzidas em
sacos plásticos, por outro lado, requerem o corte cuidadoso do
peão enovelado e das raízes pioneiras no momento da instalação
do pomar, aumentando o risco de doenças.
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Laranjeira
Cipó. Trata-se de uma
laranjeira cujos ramos não têm sustentação própria e portanto
precisam ser apoiados em suportes como espaldeiras,
parreiras ou alpendres. Foi incluída há mais de 30 anos na
coleção de variedades do Centro de
Citricultura Sylvio Moreira e é muito plantada hoje como
ornamental em chácaras e quintais. Sua fruta é uma laranja
verdadeira, com maturação de Junho a Agosto, agradável ao
paladar tanto como fruta fresca como suco.
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A Importância do
Pedilúvio.
Pedilúvio é o nome que produtores de mudas deram ao recipiente
com germicida colocado nas áreas de produção, para desinfecção
dos calçados daqueles que lá ingressam. Sua importância foi
confirmada por testes feitos com calçados que passaram por solo
úmido contaminado com Phytophthora, o fungo causador da Gomose.
Sem passar pelo pedilúvio, a
detecção do fungo na terra dos sapatos foi de mais de 50%,
enquanto, que esta porcentagem caiu a zero após o tratamento no
pedilúvio. Nas áreas externas o pedilúvio deve ter uma tampa
para proteger o pó germicida e, de preferência, um mecanismo
manual de abertura e fechamento da mesma, conforme aqui
ilustrado. O germicida utilizado nos testes consistiu de uma
mistura em partes iguais de sulfato de cobre e cal hidratada.
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Estrutura da Muda & CVC.
O maior dano causado pelas bactérias do
Amarelinho às plantas parece advir do entupimento dos vasos que
conduzem água e nutrientes do solo para as folhas. Este
transporte passa obrigatoriamente pelo tronco da planta. É
possível que as condições ideais de fluxo de seiva sejam obtidas
mantendo-se o tronco desobstruído, curto, e com o maior diâmetro
possível. Isto pode ser obtido durante a formação da muda
através de uma altura baixa de poda de formatura, 5 a 10 cm
acima da região de enxertia. Assim, o tronco será composto quase
que exclusivamente de tecidos do porta-enxerto, geralmente
resistente às bactérias do
Amarelinho,
que não o entopem. Além disso, a experiência mostra que, sendo
curto, o tronco alcança diâmetros maiores. Assim, o número de
vasos é exponencialmente maior, dificultando o entupimento pelas
bactérias, que têm um movimento lateral, de vaso para vaso,
significativamente menor do que o longitudinal, dentro dos vasos
colonizados. O aumento do número de pernadas de 3 para 5 parece
também resultar em um tronco de maior diâmetro. Poderemos ter
assim plantas com o sistema radicular conectado à copa através
de um condutor (tronco) curto, largo, e desobstruído. Resta
saber se, na prática, o resultado realmente será uma maior
tolerância das plantas ao Amarelinho, com maior longevidade
comercial. Para isto estamos experimentando esta nova estrutura
da planta cítrica, fornecendo pequenas quantidades destas mudas
especiais aos nossos clientes e interessados. Sabe-se de antemão
que plantas com formatura baixa são mais vigorosas. Além disso,
várias outras doenças de citros também são graves por afetarem o
tronco, como o Declínio, a Gomose, e quase todas as viroses
sistêmicas. Assim, uma passagem de água e nutrientes mais larga,
curta e desobstruída poderá trazer benefícios adicionais às
plantas cítricas.
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Embalagem Biodegradável.
Constitui um grande avanço na produção de mudas cítricas. As
mudas podem ser plantadas diretamente sem a retirada da
embalagem, que é rapidamente destruída por agentes naturais no
solo. O
manuseio e o plantio
são mais fáceis e mais baratos, e o pegamento das plantas é
favorecido, uma vez que os torrões de solo permanecem intactos.
Além disso, a drenagem dos torrões durante o armazenamento e
transporte é perfeita, evitando doenças nas raízes. Embalagens
não degradáveis exigem sua retirada, o que resulta em custos
maiores de plantio e perdas por quebra de torrões, e muitas
vezes acumulam excesso de umidade, favorecendo doenças. No
início eram utilizadas embalagens de capim, geralmente retirados
de áreas de preservação permanente próximo a rios e lagos,
atividade hoje anti-ecológica e proibida. Atualmente a melhor
embalagem é feita com pano de juta, amarrada com corda de sisal,
ambos de produção comercial. Esta embalagem é também utilizada
com sucesso na produção de mudas cítricas na Califórnia, EU.
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Estaleiros
Para Mudas. A idéia
surgiu em 1990. Nossos objetivos eram garantir o
armazenamento
adequado de mudas após o arranquio até a sua retirada pelos
clientes. Com o uso de mourões de concreto inicialmente, e
depois
acrescentando-se pallets de madeira,
desenvolvemos estaleiros com 20 a 30 cm de altura
que propiciam um ambiente ideal para que o sistema radicular das
mudas se restabeleça após os
cortes
do arranquio. A cicatrização é perfeita, e a prevenção de
doenças de solo altamente favorecida uma vez que se evita o
acúmulo de água comum da armazenagem direta no
solo. Com 2 a 4 semanas de descanso as mudas se restabelecem nos
torrões criando novas radicelas e propiciando um pegamento
perfeito no plantio. Os resultados desde então têm sido um custo
menor no estabelecimento de pomares através da maximização do
pegamento das mudas, minimização dos custos de manuseio e
irrigação, e prevenção de fungos nas raízes. Nossos estaleiros
têm em geral dimensões de 4,5 X 4,5 m, podendo conter cerca de
1500 mudas. Seu custo
varia de 600 reais por unidade
totalmente construída com mourões de concreto até 150 reais
utilizando-se mourões e pallets. Os primeiros, no entanto, têm
uma vida útil significativamente maior.
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Piso de Concreto Preto.
Nossos experimentos nos últimos anos sobre características do
piso dos telados de produção de mudas e porta-enxertos de citros
mostraram 2 resultados interessantes: 1. o piso de
concreto é o único a propiciar total condição de
higiene, com fácil prevenção de todos os fungos e bactérias
nocivos às plantas cítricas. A
esterilização pode ser facilmente feita por lavagem ou
pulverização. Além disso, é o piso no qual os microorganismos
têm menor sobrevivência, caso penetrem através dos calçados dos
funcionários; 2. a cor preta é a coloração
ideal do piso para se evitar o aquecimento excessivo dos
telados. Esta conclusão parece desafiar a lógica, mas, ao que
parece, a radiação que penetra através da cobertura de plástico
é totalmente absorvida pelo piso escuro, não retornando ao
ambiente do telado, e o aquecimento através da difusão do calor
do piso é muito mais lenta e facilmente controlável com
irrigação, por exemplo. Esta hipótese foi testada e os
resultados foram surpreendentemente favoráveis.
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Borbulhas Sem Lenho.
Um novo tipo de enxertia foi desenvolvido em 1993 por nossa
empresa
para
assegurar a propagação de plantas cítricas livres da bactéria do
Amarelinho ou Clorose Variegada dos Citros (CVC). Como a
bactéria desta doença coloniza exclusivamente os tecidos do
lenho da planta, se as borbulhas utilizadas na enxertia não
contiverem lenho, estarão assegurando a ausência dos
microrganismos causadores do Amarelinho. Um método para obtenção
de borbulhas sem lenho foi por nós desenvolvido e é amplamente
utilizado em nossas mudas de citros. Apenas a casca da borbulha
contendo a gema que irá gerar uma nova planta é retirada das
estacas de plantas matrizes. É preciso muito cuidado para
eliminar o lenho presente no pecíolo ou cabinho da folha, e nos
espinhos, adjacentes à gema. Além disso, é importante que as
gemas estejam dormentes, para que elementos do
lenho não tenham ainda estabelecido
contacto com as gemas. Trata-se, portanto, de uma alternativa
altamente técnica, porem simples, para garantir a ausência do
Amarelinho no material de propagação. Utilizamos este tipo de
enxertia principalmente na formação de borbulheiras teladas, que
então fornecerão material para os viveiros. O material das
borbulheiras teladas é
altamente selecionado, fruto de pesquisas durante os últimos
25 anos junto a produtores de alto nível na nossa citricultura,
e triplamente garantido contra Amarelinho: 1. recebe
tratamento térmico contra bactérias, 2. o lenho é eliminado
pelo uso das borbulhas sem lenho, e 3. amostras são
constantemente analisadas.
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Novo Limão Cravo. Um
novo clone de limão cravo denominado "Citrolima" está sendo
estudado pela empresa desde 1991. Trata-se de uma mutação
genética ou um híbrido natural de limão cravo surgido em uma
sementeira. É uma planta com mais vigor, folhas maiores, e menos
brotações laterais
do que o limão cravo tradicional. Além disso, é totalmente
resistente à Verrugose nas folhas. Seu desenvolvimento no
viveiro, portanto, é altamente favorável. Tem a mesma
resistência à Gomose que o limão cravo comum. Todas as demais
características parecem ser semelhantes às do limão cravo. Nas
fotos ao lado em que há duas plantas, a da esquerda é de limão
cravo tradicional e a da direita é de
limão
cravo "Citrolima", ambas com a mesma idade de semeadura. Na
terceira foto vemos uma bancada com plantas de limão cravo
"Citrolima" com 90 dias de transplante. O novo limão cravo
produz frutos abundantemente com 20 sementes cada em média, com
grau de poliembrionia superior ao do limão cravo comum. Plantas
de laranja Valência enxertadas no novo limão, com 6 anos de
idade, têm comportamento semelhante a plantas enxertadas
em limão cravo comum.
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Plantas Matrizes.
Terminamos a colheita das nossas plantas matrizes em 1999. São
pomares comerciais formados com material selecionado nos últimos
25 anos, originário de plantas superiores com mais de 20 anos.
Nestes pomares 100 a 150 plantas candidatas são selecionadas e
sua produção é registrada anualmente. O quadro abaixo mostra a
média das 10 melhores plantas das principais variedades ao longo
das últimas 3 ou 4 colheitas. Todos os demais aspectos
fitossanitários e agronômicos são observados nas seleções. O
material de propagação é obtido destas plantas, testado contra
doenças, tratado termicamente e enxertado sem lenho nas
borbulheiras teladas. Os pomares resultantes destas seleções têm
mostrado resultados excelentes, indicando que a seleção a cada
geração também pode ser benéfica para clones de citros.
Variedade
(Anos para Média) |
Caixas/planta |
Caixas/ha |
Ton/ha |
Natal, 11 anos
(Anos 8 a 11) |
6,23 |
2075 |
84,6 |
Valência, 7 anos
(Anos 5 a 7) |
5,57 |
1855 |
75,7 |
Pera, 11 anos
(Anos 8 a 11) |
4,82 |
1605 |
65,5 |
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