Berço da Muda Classe A

Caixa Postal 141
Casa Branca, SP 13700-970
Tel. 19-3671.4560 19-3679.9382
 19-9204.7803

Mudas Cítricas Citrolima  "A Qualidade que Você Exige
A Tranquilidade que Você Merece"


Página Inicial
Conheça-nos Melhor
Nossa Muda Cítrica
O que são Mudas Classe A?
Produtos & Serviços
Variedades, Plantio, etc
Preços
Borbulhas - Disponibilidade
Onde Estamos - Mapa
Novidades, Informações
Novas Variedades
Porta-enxertos
Clonagem Online
A Bactéria do Amarelinho
Greening - HLB - Psilídeos
Suporte
Links
Fale Conosco

Trifoliata

Nome científico: Poncirus trifoliata

 Origem: China

 Última atualização: Julho 2005

        O Trifoliata é uma planta cítrica com características marcantes quando comparada às demais. A principal delas é possuir a lâmina foliar dividida em 3 partes que imitam pequenas folhas. São na verdade folíolos de uma única folha, o que é reconhecido em seu nome científico, que também é utilizado como nome popular no ocidente: Trifoliata. Originário da China, há registros de sua utilização como porta-enxerto cítrico já no início do primeiro milênio naquele país. São plantas que, ao contrário dos cítricos comerciais, entram em dormência após períodos contínuos de baixas temperaturas, perdem as folhas e assim, são mais resistentes ao frio. Seu habitat, portanto, extende-se por latitudes um pouco mais distantes do equador do que as laranjas, os limões e as tangerinas.

      Como porta-enxertos, os trifoliatas geralmente induzem plantas com crescimento mais lento. Os ciclos vegetativos são mais definidos, as copas entrando em repouso mais rapidamente no final do outono e retomando o crescimento mais lentamente no final do inverno. O tamanho final das plantas pode ser normal e até superar aquele induzido por porta-enxertos mais vigorosos. Há inúmeros variantes de trifoliata, entretanto, que de fato induzem tamanhos menores de copa. Aquele conhecido como Flying Dragon, por exemplo, é considerado ananicante, reduzindo o porte das copas para 50% ou menos do tamanho normal.  Assim, em função do crescimento lento e da existência de variantes menos vigorosos, os trifoliatas são de um modo geral  considerados redutores de porte de plantas. Os espaçamentos de plantio, portanto, são menores para estes porta-enxertos.

      Plantas enxertadas em trifoliata são consideravelmente susceptíveis à seca. Seu cultivo internacional ocorre via de regra com irrigação complementar. No Brasil, entretanto, há regiões como no sul do país, e pomares individuais em outras regiões que utilizam este porta-enxerto sem irrigação com resultados satisfatórios. A susceptibilidade à seca pode ser favorável por evitar brotações contínuas que atraem mais pragas e são mais sujeitas a geadas, e por induzir safras mais tardias, alem de contribuir para a redução do tamanho da copa a níveis de manejo e colheita mais fáceis.      A produtividade de plantas em trifoliata é proporcional ao seu tamanho. Assim, é preciso aumentar a densidade de plantio para se obter altas produções por área. Obtém-se desta forma boas produtividades com plantas de manejo e colheita mais fáceis. Em anos de stress hídrico ou em solos muito arenosos pode haver oscilações na produção. Plantas em trifoliata entram em produção a partir de 2 ou 3 anos no pomar, com produções comerciais a partir dos 4 anos de idade, muito semelhante àquelas em porta-enxertos mais vigorosos.

      A qualidade da fruta é excelente em plantas sobre Trifoliata. Os níveis de açucar são altos e isto, combinado com a acidez levemente acentuada,  proporciona ótimo sabor às frutas. A produção de açúcar por fruta ou por caixa de frutas colhidas é maior do que a dos porta-enxertos mais vigorosos. O tamanho das frutas pode ser um pouco menor em anos de grandes safras, causando problemas para certas variedades para consumo in natura que possuem frutos pequenos, como a laranja Natal. A casca dos frutos é geralmente mais lisa e os frutos mantém-se firmes por várias semanas após a maturidade.

      A laranja Pera não é compatível com o trifoliata e não deve ser enxertada neste porta-enxerto. Há ainda outras variedades incompatíveis com o trifoliata, como a Murcote, por exemplo. Assim, o seu uso deve ser analisado para cada variedade de acordo com a experiência local. Não há problemas com seu uso para Valência, Hamlin, Natal, Folha Murcha, Westin, Rubi, Americana, Ponkan, Bahia, Lima ou Tahiti.

      Uma das características mais interessantes dos trifoliatas é sua resistência à Gomose dos citros, que causa podridão das raízes e do tronco. Isto torna estes porta-enxertos viáveis em solos mais pesados e úmidos. Assim, costuma-se dizer que são porta-enxertos para baixadas ou várzeas. Na verdade eles não são tolerantes à água acumulada no solo nestas áreas, da mesma forma que outros porta-enxertos. Em caso de inundação ou água livre no solo a tolerância é de apenas alguns dias. Após a drenagem natural do terreno sua sobrevivência é muito maior em função da sua resistência à podridão de raízes. É também resistente ao nematóide dos citros. Além disso, é resistente à Tristeza e à Morte Súbita. É, no entanto, muito susceptível ao Exocortis e mediana a altamente susceptível ao Declínio. O Exocortis é facilmente evitado utilizando-se mudas sadias, uma vez que não há transmissão significativa no campo. Quanto ao Declínio, áreas com alta incidência desta doença devem ser evitadas.

      Os Trifoliatas são muito utilizados em cruzamentos genéticos para obtenção de novas variedades de porta-enxertos. Isto ocorre pela sua resistência a Gomose, Nematóides e pelo fato de sua característica marcante, as folhas com três folíolos, se expressar predominantemente nos híbridos obtidos, o que facilita sobremaneira sua identificação.

        Trifoliatas e alguns de seus híbridos como o citrumelo Swingle, e os citranges Carrizo e Troyer, são os porta-enxertos hoje mais utilizados mundialmente. Seus concorrentes, a laranja Azeda, o limão Cravo e o limão Rugoso estão em decadência em função da susceptibilidade a doenças. São conhecidos inúmeros variantes de trifoliatas nas diversas regiões citrícolas. Estes variantes podem ser agrupados em dois tipos, os de flores grandes e os de flores pequenas. Os primeiros tem crescimento mais vertical, com menos galhos laterais, e são mais vigorosos. Variantes de ambos os grupos são utilizados comercialmente. Um variante em especial destaca-se por induzir plantas de porte anão. Trata-se do Flying Dragon, aparentemente selecionado pelos japoneses. Seus numerosos espinhos curvos e brotações tortuosas são muito característicos. Tem sido utilizado de forma crescente no Brasil na produção de lima ácida Tahiti.

Voltar para Porta-enxertos

Pesquisa personalizada em www.citrolima.com.br
 
©2009. Mudas Cítricas Citrolima. Permitida reprodução desde que mencionada a fonte. Contate-nos.